Este acordo entre a UE e a Moldávia visa proteger reciprocamente as indicações geográficas "a fim de promover a qualidade na cadeia alimentar, incrementar o desenvolvimento rural e sustentável e melhorar as condições do comércio bilateral".
Sempre considerámos importante a defesa das indicações geográficas protegidas e das denominações de origem protegida, das especialidades tradicionais protegidas, pois são instrumentos que podem contribuir para a preservação de diversos produtos regionais, da sua qualidade e dos modos de produção tradicionais, assim podendo contribuir, de alguma forma, para a valorização das condições de vida das populações das zonas rurais.
Mas como também por diversas vezes afirmámos já, estas denominações de origem e indicações de qualidade não podem ser consideradas uma panaceia para os prejuízos que decorrem dos paradigmas agrícolas e de comércio vigentes, assentes na intensificação da produção e na desregulação e liberalização do comércio.
Não podemos, por isso, deixar de chamar a atenção para as intenções subjacentes a este acordo de avançar para a celebração de um Acordo de Comércio Livre "Aprofundado e Abrangente".