Tal como é referido na explicação de motivos do presente relatório, o Acordo de Diálogo Político e Cooperação vinculava as partes a “trabalhar rumo ao Estabelecimento de um Acordo de Associação”, cujo foi assinado em Junho de 2012. Actualmente está em vigor apenas a parte relativa ao comércio, estando as restantes componentes do Acordo de Associação pendentes da ratificação pelos Estados-membros. Este facto levou ao prolongamento do ADPC. O Acordo de Associação é uma forma manipuladora de chamar o que em realidade se trata de um Tratado de Livre Comércio que garante aos grandes grupos económicos da UE o domínio das imensas riquezas naturais destes países, dos seus solos e agricultura, conferindo-lhes privilégios no investimento e comércio de bens e serviços, pressionado a baixa de preços na produção agrícola de produtores que são já hoje sujeitos a preços que muitas vezes não compensam os custos de produção, pressionado ainda mais os salários dos trabalhadores. Embora se trate de países de economias frágeis e pequenas, este acordo tem uma grande importância já que é uma porta de entrada para os interesses da UE, que procura condicionar os processos de cooperação e integração na região, cuja vocação, contrariamente aos acordos promovidos pela UE, é a satisfação dos interesses e aspirações dos povos.