Camaradas e amigos,

Uma forte e calorosa saudação aos militantes do Partido e da JCP  que hoje aqui estão na 10.ª Assembleia. 

Por vosso intermédio a toda a organização  que contribuiu para a preparação da nossa assembleia. 

Uma saudação ainda a todos que não sendo militantes, aceitaram o nosso convite para estar aqui presentes .

Uma assembleia que realizamos e preparamos num quadro político, social e económico de uma grave situação que se vive no pais e no Distrito.

Após a última Assembleia da Organização Regional, em 2018, o quadro político e a acção do PCP, no país e no distrito, ficaram marcados, pelas decisivas lutas dos trabalhadores e das populações, pelas comemorações do Centenário do PCP, 

pela realização de actos eleitorais, em particular as eleições para a Assembleia da República em Outubro de 2019 e em Janeiro de 2022 e das Autárquicas 2021, pela evolução do quadro epidémico COVID-19, pelo sério e perigoso agravamento da situação internacional em resultado da  natureza exploradora e agressiva do imperialismo.

O quadro político ficou ainda marcado por uma intensa e prolongada operação contra o PCP, sustentada na mentira, na difamação e na promoção de preconceitos.

A guerra surgiu cada vez mais como a resposta à crise em que o sistema capitalista mergulhou. 

O agravamento da situação, tem consequências graves e imprevisíveis, exige mobilização e acção pela paz e não para a escalada da guerra, exige solidariedade e ajuda humanitária às populações, que não se pode confundir com o apoio a grupos fascistas e neonazis, mas também exige forte denúncia da estratégia de Guerra e de dominação imperialista que os EUA há muito puseram em marcha.

A resposta dos trabalhadores e das populações às tentativas de intensificação da exploração a propósito da epidemia foi decisiva. 

Para lá de centenas de acções em todos os sectores, destaca-se a jornada de luta do 1.º de Maio de 2020, convocada pela CGTP-IN que, pelas condições especiais em que se realizou, constituiu uma das mais significativas jornadas de luta das últimas décadas, afirmando na rua os direitos colectivos dos trabalhadores.

As comemorações do Centenário do PCP sob o lema “O futuro tem Partido” tiveram um ponto alto no dia 6 de Março de 2021 com um conjunto de iniciativas por todo o País (“100 anos, 100 acções”).  

Sob o lema “Liberdade, Democracia, Socialismo – Pelos direitos, a melhoria das condições de vida e o progresso social. Contra a exploração e o empobrecimento” realizaram-se, no distrito da Guarda, acções em Seia e Guarda.

Esta Assembleia tem um papel de grande importância para o reforço do  nosso partido no Distrito da Guarda.  

No decorrer dos nossos trabalhos  estará em análise a reflexão sobre a realidade de quem vive  trabalha nesta região,  com medidas e orientações  de trabalho para reforçar o PCP,  a nossa acção e a luta.

Um reforço que é essencial para continuar a cumprir o papel do Partido, de estar lá onde estão os problemas, indo ao encontro dos anseios e aspirações dos trabalhadores e das populações. 

 A imprensa do Partido é de uma grande importância para todos os militantes.

Na nossa organização há ainda muito para fazer nesta área: 

Criação de ADE, neste momento só temos 2 que funcionam em pleno,  mas as vendas especiais recentes do avante demonstram as potencialidades da sua venda junto dos trabalhadores. 

Na Informação propaganda do Partido é importante termos mais militantes disponíveis para esta tarefa, para levar ao conhecimento das populações e dos trabalhadores a acção e as propostas, tão silenciadas pelos órgãos da Comunicação social.

O Partido tem de continuar independente. Para isso precisa de assegurar capacidade financeira.

A organização necessita de aumentar as receitas.  

É determinante para intensificar e melhorar a actividade  e intervenção do partido,é fundamental o rigoroso controlo de despesas. 

É fundamental continuar e garantir, por parte das concelhias, o contacto com os militantes e responsabilização de quadros para esta tarefa.

Temos que manter e reforçar o trabalho de ligação às massas e a organização nas  empresas e locais de trabalho.  

Durante este período, não escondendo dificuldades e debilidades  mas demos alguns passos na criação de células de empresa. 

Aumentou o número de concelhos com organismos  e colectivos a funcionar.

Persistem dificuldades na integração de novos militantes e na responsabilização de mais militantes por tarefas concretas. 

É preciso ir ao contacto com trabalhadores, jovens, homens e mulheres dizendo-lhe que tomem partido, que tomem nas suas mãos o destino das suas vidas, que adiram ao PCP.

Para esse reforço é necessário intensificar a concretização de importante tarefa da elevação da militância, acção estruturante para o reforço do nosso Partido, a sua capacidade de direcção  e intervenção .

É fundamental que as diversas organizações assumam esta como tarefa prioritária do reforço do nosso Partido.  

Há resultados a presença  de novos militantes nesta Assembleia ou os muitos quadros que  garantiram o êxito que é esta nossa Assembleia, são a prova disso mesmo.

A vida confirma o PCP, Partido da classe operária e de todos  trabalhadores, como um partido indispensável e insubstituível para a concretização de uma política patriótica e de esquerda e de uma alternativa política ao serviço dos interesses dos trabalhadores, do povo e do País. 

Usamos o lema “Contigo todos os dias” porque é na luta de todos dias que estamos.

Na luta pelo aumento de Salários e Pensões, pela defesa de Serviços públicos e de Qualidade , pela denúncia da exploração dos trabalhadores em particular dos jovens trabalhadores com vínculos precários e contra o  aumento do custo de vida.

No distrito o PCP teve um papel determinante na denúncia e combate à exploração e à precariedade laboral; na reivindicação de medidas de apoio à produção industrial; na exigência de apoios à floresta e agricultura familiar; no alerta para as consequências para o comércio tradicional da abertura de grandes superfícies comerciais; na luta pela valorização do SNS e da ULS da Guarda,  pela reivindicação de serviços de cuidados continuados no SNS;contra o encerramento, privatização e destruição de serviços públicos, hospitais, maternidades, centros de saúde, escolas e estações de correio; pela valorização da escola pública,na reivindicação de transportes públicos para todos, em defesa da Linha da Beira Baixa, da Linha do Douro e da melhoria das acessibilidades, da abolição das portagens na A23 e A25. 

Por uma efectiva política de descentralização indissociável de um processo de regionalização e de reforço de investimento público.

As orientações daqui saídas assumidas individual e colectivamente, a nova Direcção, hoje eleita, serão fundamentais na transformação necessária  e possível, na construção da política Alternativa que o PCP defende para o desenvolvimento do Distrito. 

Como o nosso lema refere «Mais força ao PCP em luta por um distrito com futuro».

Viva a luta dos trabalhadores e das populações!
Viva 10.ª Assembleia da Organização Regional da Guarda do PCP!
Viva a JCP!
Viva o PCP!