A demissão da Ministra da Saúde releva a necessidade de uma outra política na área da saúde.
A questão que se coloca é se o Governo vai ou não avançar com as soluções para salvar o SNS. Se o Governo vai ou não avançar com a valorização das carreiras e das remunerações de todos os trabalhadores de saúde, se vai ou não avançar com um regime de dedicação exclusiva, se vai ou não avançar com os investimentos e a garantia de condições de trabalho para que os trabalhadores de saúde optem pelo SNS.
Estas são soluções fundamentais para assegurar o médico e enfermeiro de família a todos os utentes, assegurar a realização de consultas, de cirurgias, de tratamentos e de exames e para assegurar a prestação de cuidados de saúde com qualidade.
O SNS não se reforça adoptando uma opção política de privatização dos serviços de saúde, como aponta o Estatuto do SNS. O reforço do SNS passa pela valorização dos seus profissionais de saúde e pelo reforço da sua capacidade de resposta.