Camaradas,
Saúdo-vos a todos e aos convidados e amigos presentes neste Congresso, que representa um momento fundamental para a nossa reflexão e para o reforço do nosso Partido. Que esta intervenção seja mais um passo na nossa caminhada colectiva, para que juntos possamos continuar a lutar pela justiça, pela igualdade e pelos ideais que mos unem.
As teses deste Congresso destacam a importância do recrutamento e da integração de novos militantes. Atribuir responsabilidades concretas, inserindo-os em células e núcleos, é decisivo para o seu envolvimento e para a nossa capacidade de intervenção.
A experiência do Sector Intelectual da Organização Regional de Lisboa mostra isso. Dos sete delegados eleitos, quatro não eram militantes no último Congresso e cinco estão aqui pela primeira vez. Estes camaradas são delegados não pela sua juventude ou tempo no Partido, mas pelas tarefas de direcção que têm e pela sua actuação em organizações de massas.
A entrada de novos militantes traduz-se em novas perspectivas e possibilidades de intervenção: criámos os núcleos dos tradutores, do cinema, dos psicólogos. Reforçámos a organização dos advogados e juristas, dos designers. Criámos ou reforçámos células do ensino superior na Cidade Universitária, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – FCSH – e em Agronomia.
Estas iniciativas têm gerado impactos concretos: encontros de psicólogos, de advogados, de tradutores, de investigadores e docentes do ensino superior, contactando e envolvendo dezenas de outros trabalhadores destas áreas; a integração e o reforço dos Secretariados dos juristas e do ensino superior; a criação ou a dinamização de boletins dos psicólogos – o Zona Proximal –, do boletim dos juristas – Direito à esquerda – e os boletins das células da Cidade Universitária e da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Et al… e – O Social e o Humano –; as três edições da iniciativa em torno do autocolante como instrumento de acção política, feitas pelos designers e artistas plásticos; intervenção própria e no plano unitário, com uma forte e decisiva presença na luta pelos direitos dos trabalhadores científicos. A audácia de intervir é fundamental para criar espaços de acção concretos, mas a experiência mostrou-nos também que a ausência de acção política estruturada deixa espaços vazios que podem ser ocupados por outros.
Reconhecemos as dificuldades. Não conseguimos ainda integrar todos os camaradas com o nível de responsabilidade de que precisamos. Este é um desafio contínuo.
Por fim, destacamos a importância do contacto constante com os novos militantes.
Compreender as suas disponibilidades, atribuir responsabilidades e manter a comunicação é essencial para garantir a sua permanência e o seu envolvimento. A nossa força está na capacidade de nos organizarmos e potenciar o contributo de cada camarada para fortalecer o Partido.
Termino partilhando convosco, camaradas, que este é o meu primeiro Congresso e, portanto, a primeira vez que intervenho como delegada. A minha presença aqui, assim como a de muitos outros camaradas, é a prova de que o Partido está a crescer e integrar novas energias, ideias e gerações, com o objetivo de transformar a sociedade.
Sigamos unidos e determinados na nossa luta.
Viva o XXII Congresso, viva o Partido Comunista Português!