Camaradas,
Os oito concelhos do Vale do Sousa e no Baixo Tâmega, no interior do distrito do Porto, formam uma das regiões mais empobrecidas do país.
A região sente de forma particularmente grave as consequências da política de direita. Os salários e reformas são ainda mais baixos que no resto do país, os serviços públicos são cada vez menos e o desemprego cada vez mais.
No plano do Partido, temos dificuldades decorrentes de uma organização envelhecida e um núcleo activo reduzido, mas procuramos intervir para a denúncia dos responsáveis e das consequências da política de direita, esclarecer e mobilizar as populações para a luta por uma vida melhor.
Partindo das conclusões da Conferência Nacional e dos objectivos de tomar a iniciativa, reforçar o Partido e responder às novas exigências, identificamos a defesa do Serviço Nacional de Saúde e o direito à saúde como uma prioridade, intervindo em defesa de um plano de capacitação na ULS – Unidade Local de Saúde – do Tâmega e Sousa com vista à resposta plena aos utentes da região e à garantia da reabertura dos centros de saúde e dos SASU – Serviço de Atendimento de Situações Urgentes – encerrados, o reforço de profissionais, o aumento de camas de internamento e o aproveitamento do Hospital de Amarante.
Numa região marcada pelo despovoamento e assimetrias, o direito à mobilidade tem concentrado também esforços na intervenção do Partido, designadamente pela exigência do fim das portagens nas ex-SCUTS, pela reabertura da Linha do Tâmega e pela criação de um plano de mobilidade que reforce a oferta de transportes públicos, promova a intermodalidade e reduza os preços.
Com concelhos onde é expressão a expressão da indústria transformadora, a valorização do trabalho e dos trabalhadores tem tido o empenho do Partido seja na valorização dos salários e das condições trabalho dos trabalhadores do mobiliário de Paredes e Paços de Ferreira, dos trabalhadores do Calçado em Felgueiras e dos trabalhadores do Vestuário em Lousada, ou ainda na luta pela concretização do efectivo acesso à antecipação da idade da reforma dos trabalhadores das pedreiras de Penafiel e do Marco de Canaveses.
A vida tem comprovado que não basta ter análise correcta e propostas justas. Precisamos de mais Partido para avançarmos na luta por uma vida melhor. Precisamos recrutar, responsabilizar e integrar mais camaradas, Precisamos de regularizar o funcionamento das comissões concelhias e garantir a efectiva distribuição de tarefas entre os seus membros. Precisamos retomar o funcionamento das células de empresa das autarquias locais e dos sectores profissionais no mobiliário e nas pedreiras.
Em suma, precisamos cumprir com os caminhos apontados no Projecto de Resolução Política do nosso Congresso, certos de que aí encontramos soluções para a superar das dificuldades e insuficiências no nosso trabalho de organização.
Camaradas,
Sabemos que não estamos condenados ao afundamento nas dificuldades e no empobrecimento. Com o reforço do Partido e com a luta dos trabalhadores e das populações é possível valorizar a região do vale do Sousa e baixo Tâmega, aproveitar toda a sua capacidade produtiva, criando emprego de qualidade e dinamizando as micro, pequenas e médias empresas, defendendo os trabalhadores, reforçando os serviços públicos e defendendo valores de Abril.
Viva o XXII Congresso do PCP!
Viva o Partido Comunista Português!