Dirijo-me a todas vós mulheres que vivem, trabalham e estudam no nosso país, mas também a todas as que por todo o mundo  assinalam o Dia Internacional da Mulher. 

8 de Março, uma data de profundo significado político e histórico, e que por isso muitos pretendem fazer esquecer, mas que é um marco na luta das mulheres em defesa dos seus direitos.

Mulheres, trabalhadoras, cidadãs, mães, jovens, que lutam pela justa aspiração à sua emancipação, essa que tem de ser  cada vez mais uma luta das mulheres que aspiram a viver  uma vida justa e dignamente, sem precariedades, sem desigualdades, sem violências, viver com felicidade. 

É seguramente uma luta de todos nós, mulheres e homens,  que aspiram a emancipação social. 

Uma luta de todos os dias, de manhã à noite e em todas as expressões da vida. 

Mulheres e homens, temos uma aspiração comum: acabar com a desvalorização das profissões e carreiras, com os baixos salários que penalizam duplamente e ainda mais as mulheres trabalhadoras, acabar com o empobrecimento, horários desregulados, precariedade, pressão e chantagem, desrespeito pelos direitos de maternidade mas também de paternidade, acabar com as dificuldades crescentes no acesso à habitação e a serviços públicos, em particular ao Serviço Nacional de Saúde. 

É esta a realidade da vida de milhares de mulheres, uma realidade que não aceitamos.

Não é este o caminho que serve à mulher nem à sociedade.

Este 8 de Março é mais um momento para denunciar esta realidade de desigualdade e de injustiça que empurra mulheres e crianças para o empobrecimento enquanto os grupos económicos, os mesmos que beneficiam da guerra e do seu prolongamento, acumulam 11 milhões de euros de lucros por dia, no nosso País.

Mas o Dia Internacional da Mulher é acima de tudo o momento  acrescido e de motivação especial para, com a força e determinação das mulheres, afirmar, exigir e lutar por aquilo que está ao seu alcance e que é seu por direito. 

Um momento de afirmar,  exigir e lutar pelos serviços públicos, pela dignidade, pelo fim da violência, pelo respeito, pela paz, por uma vida digna, pela igualdade plena da mulher no trabalho e na vida.

Faz do 8 de Março força para lutar.

Para esta luta, para estas mil razões, e diria até, para as vossas, que são as nossas, mil e uma razões para lutar, contem, como sempre contaram, com o PCP.

Sem igualdade plena da mulher nunca haverá uma sociedade realmente progressista e democrática.

A luta emancipadora é uma luta das mulheres, mas é uma luta de todos os que ambicionam uma sociedade sem desigualdades e de progresso. 

Cá estamos, todos os dias, para essa luta.

Viva o Dia Internacional da Mulher!