Os resultados desta COP29 podem ser caracterizados pela indefinição quanto a metas, insuficiência de financiamento e desadequação dos mecanismos para a adaptação e mitigação das alterações climáticas.
Os países desenvolvidos sacodem responsabilidades históricas. Procuram determinar as acções a implementar, condicionando-as a mais empréstimos e endividamento dos demais países. Insistem em falsas e perigosas soluções de mercado, garantindo que quem pode pagar, polui.
Não é possível garantir uma relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza mantendo as mesmas políticas que aqui nos trouxeram.
Alterar paradigmas produtivos, recuperar sectores estratégicos para o controlo público, desenvolver políticas de combate ao desperdício e à obsolescência programada, reforçar o investimento na investigação científica, promover adequadas políticas de ordenamento territorial, reconhecer a cada país e a cada povo a sua soberania e o seu direito a produzir, rejeitar a guerra.
Esses são elementos de uma política alternativa imprescindível para responder aos desafios ambientais com que a humanidade se confronta.