Este relatório aparece numa altura em que cada vez menos festivais de promoção do cinema são apoiados, como acontece com alguns dos mais antigos festivais portugueses, de que é exemplo o Festróia.
Defendendo uma viragem na forma de promoção do cinema europeu, o relatório defende que os “bons exemplos” vêm da indústria cinematográfica norte-americana e canadiana, ou seja, apoia uma abordagem demasiado voltada para o mercado e pouco para as pessoas, para o papel de entretimento sem ter em conta o papel social, cultural e educacional do cinema.
São referidas algumas preocupações e propostas que certamente acompanhamos, tais como a garantia da promoção das diferenças culturais, como facilitador da promoção de trocas culturais e pensamento crítico, o apoio e promoção das políticas culturais nacionais, um aumento do financiamento público para uma maior distribuição e melhor promoção do cinema europeu, e o apoio à legendagem em todas as línguas da UE.
No entanto, não estamos de acordo com a perspectiva que encaminha os fundos do Europa Criativa apenas para a distribuição e promoção dos filmes, uma vez que em diversos países, entre os quais Portugal, os produtores vivem sérias dificuldades. Estamos de acordo que a distribuição seja também apoiada, mas apenas quem não tem meios, e não as grandes distribuidoras.