Quase dois terços dos holandeses que participaram no referendo popular sobre o acordo de associação UE-Ucrânia votaram contra. Importa lembrar que este acordo vem na sequência de um golpe de estado ilegal, apoiado e financiado pela União Europeia, e que deu origem a criação de um governo de carácter fascizante, cuja actuação revela uma matriz antidemocrática e antissocial.

Dos 62% dos holandeses que votaram no referendo sobre o tratado da União Europeia (UE) - Ucrânia disseram "não" à aproximação política e económica entre Bruxelas e Kiev. Apesar da baixa participação (32%) nesta consulta popular, ligeiramente acima do mínimo de 30% necessário a tornar o ato válido, a verdade é que uma clara maioria de quase dois terços dos eleitores holandeses rejeita o acordo de associação com a Ucrânia.

A rejeição esmagadora ao acordo levou Mark Rutte a admitir que "o Governo não vai ignorar um voto no 'não' que é válido", acrescentado que a ratificação do tratado UE-Turquia deverá ser reavaliada.

Como é que a Comissão Europeia avalia estes factos e como os mesmos irão impactar sobre o acordo em concreto.