Este novo aumento das taxas de juro, o 10º desde julho do ano passado, decretado pelo BCE representa uma decisão ao serviço do capital financeiro que se traduz num agravamento da situação do País ( sujeito a novas pressões para o seu financiamento), das pequenas e médias empresas e, sobretudo, do povo português em particular das mais de 1 milhão e 300 mil famílias que têm empréstimos à habitação e que sentem o sufoco nas suas condições de vida.
Uma decisão tão mais inaceitável quando assistimos à acumulação de lucros por parte dos bancos – mais de 11 milhões de euros por dia.
Basta de conversa. O que se impõe é a descida das taxas de juro!
O Governo e o BdP não podem assobiar para o ar. É preciso que o Governo Português assuma uma posição clara exigindo a baixa das taxas de juro por parte do BCE e que enfrente as imposições da União Europeia e a submissão do País ao Euro.
Basta de conversa e de falsas respostas para o problema da habitação! O que é preciso são medidas que ponham os lucros da banca a suportar o agravamento das taxas de juro, que atribuam ao banco público, a CGD, orientações que contribuam para uma efectiva descida das taxas de juro no mercado bancário.
Face à inflação, ao aumento do custo de vida e à escalada de aumento dos custos com a habitação o que se impõe é o aumento dos salários e das pensões e não o agravamento das taxas de juro que está a empurrar os países para a estagnação e recessão económica.
O PCP confrontará o governo já na próxima semana com várias iniciativas que respondam aos problemas com que centenas de milhar de pessoas estão confrontadas e que confrontem a ineficácia da medidas previstas no “Mais Habitação” e o que este representa de mais benefícios e privilégios fiscais para os fundos imobiliários e o grande capital.