No passado dia 25 de maio, o cidadão norte-americano George Floyd foi cruelmente assassinado num ato de violência policial ocorrido na cidade de Minneapolis.
Este ato, cujas imagens correram o mundo, desencadeou uma enorme onda de repulsa contra o racismo e a violência policial nos Estados Unidos da América que incide preferencial e impunemente sobre as camadas sociais mais desfavorecidas.
As grandes manifestações de protesto que se têm verificado nos últimos dias nos EUA, na sua esmagadora maioria pacíficas, refletem a crise gravíssima que se abate sobre a maior potência capitalista mundial, atingida pelo surto epidémico da COVID-19 e pelas inadequadas medidas da Administração Trump que agravaram o alcance das consequências sociais e económicas do surto, com a perda de mais de cem mil vidas e de dezenas de milhões de empregos em poucas semanas. Uma situação que veio expor a natureza do capitalismo e os flagelos sociais pelo qual é responsável, incluindo as enormes desigualdades e injustiças que marcam a realidade social dos EUA como as gritantes desigualdades sociais, a pobreza ou a falta de acesso a assistência médica.
Nestes termos, a Assembleia da República:
- Manifesta o seu pesar pelo assassinato de George Floyd;
- Exprime a sua veemente repulsa pela violenta repressão e tentativa de criminalização dos que, dando expressão a grandes mobilizações populares, resistem às injustiças nos EUA;
- Saúda os cidadãos norte-americanos que lutam contra o racismo e a política de exploração e agressão da Administração Trump, pela justiça e igualdade social, pelo direito à saúde, pelo direito ao emprego com direitos e à segurança social.