Realizou-se, de 25 a 28 de Novembro, em Nicósia, o 21.º Congresso do Partido Progressista do Povo Trabalhador de Chipre, AKEL.
O Congresso, que abriu com o discurso do secretário-geral do partido, Andros Kyprianou, perante cerca de mil delegados e uma numerosa representação da juventude, constituiu um importante acontecimento na vida do Chipre e de toda a região. O AKEL é há muitos anos a principal força política do país, tendo recolhido nas últimas legislativas 31 por cento dos votos, e ocupando, desde 2008, a Presidência da República.
As elevadas e complexas responsabilidades que o AKEL hoje exerce no Estado cipriota traduzem o profundo enraizamento do partido nos trabalhadores e o apoio e prestígio de que desfruta na sociedade cipriota em resultado do seu papel insubstituível na luta contra o colonialismo britânico e pela independência de Chipre, pela liberdade e contra o fascismo, pela unidade e soberania do seu país.
O Congresso pôs em evidência os resultados positivos da política do Governo cipriota que, ao contrário da generalidade dos países da União Europeia, enfrenta a crise capitalista com medidas orientadas pelos interesses do povo cipriota, para o combate ao desemprego, a defesa dos serviços públicos, a elevação do poder de compra e a dinamização da vida económica, rejeitando as pressões da UE e do FMI.
Na reunião magna dos comunistas cipriotas salientou-se, também, a grande ofensiva em curso por parte dos grupos económicos e da comunicação social que dominam contra o Presidente da República e a orientação que tem prevalecido no governo cipriota, e sublinhou-se os perigos resultantes do avanço de uma extrema-direita chauvinista que ameaça consagrar a divisão do país.
Simultaneamente, foi afirmada a determinação de, no Governo e fora dele, prosseguir com confiança a defesa dos interesses do povo trabalhador e a luta patriótica por um Chipre unido, progressista e soberano.
O PCP esteve representado no Chipre por Albano Nunes, membro do Secretariado do CC, que usando da palavra na tribuna do Congresso expressou a activa solidariedade dos comunistas portugueses para com os seus camaradas cipriotas, na sua luta em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo e, muito especialmente, na sua luta pelo fim da ocupação da parte Norte da Ilha pelas tropas turcas e pela integridade territorial e soberania do seu país.
Jerónimo de Sousa envia mensagem
Reagindo à eleição de Andros Kyprianou para o cargo de secretário-geral do AKEL, o secretário-geral do PCP enviou uma saudação na qual ransmite «as mais calorosas felicitações dos comunistas portugueses» e deseja «os melhores sucessos à acção do AKEL em defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo cipriota».
«Confirmando a nossa vontade de reforçar sempre mais as tradicionais relações de cooperação e solidariedade internacionalista entre o PCP e o AKEL, no interesse dos nossos povos e do movimento comunista internacional», Jerónimo de Sousa reiterou a Andros Kyprianou «fraternais saudações».
