O PCP condena os ataques militares no Iraque e o assassinato de um dos mais altos responsáveis militares do Irão perpetrados pelos EUA, o que constitui um inequívoco acto de guerra cujos desenvolvimentos podem ter consequências profundamente negativas para os povos do Médio Oriente e repercussões em todo o mundo.
Este ataque militar representa um gravíssimo passo na escalada de tensão, provocação e agressão protagonizada pelos EUA e Israel no Médio Oriente – em que se integra a violação pelos EUA do «Acordo Nuclear sobre o Irão» e a ofensiva contra este país –, visando impor a hegemonia do imperialismo norte-americano em toda a região.
Saliente-se que o assassinato de Qassem Soleimani, general iraniano, em território iraquiano foi considerado pelas autoridades deste país como uma «violação grosseira da soberania» e uma «agressão» ao Iraque, país invadido e ocupado pelos EUA, na sequência duma campanha de mentiras e guerra.
Após três décadas de agressões imperialistas que semearam a morte e a destruição no Médio Oriente, a política belicista e agressiva dos EUA ameaça conduzir o planeta a uma nova guerra de grandes proporções.
Registando a não condenação desta clara afronta dos EUA ao direito internacional por parte de entidades como a União Europeia, o PCP considera que o Governo português, que recentemente acolheu em Portugal um encontro entre dois dos mais importantes protagonistas da política belicista e de violação do direito internacional – Michael Pompeo, Secretário de Estado dos EUA, e Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel –, deve de forma clara condenar este acto de guerra e escalada de provocação, sob pena de se tornar cúmplice dos crimes de guerra de Trump e Netanyahu e associar ainda mais Portugal às políticas incendiárias e criminosas do imperialismo.
Os recentes acontecimentos comprovam a justeza das reiteradas posições do PCP de não envolvimento de forças militares ou militarizadas portuguesas em agressões e intervenções contra outros povos, contrárias ao interesse e à segurança nacional. Neste sentido, o PCP considera urgente a retirada do contingente militar português estacionado no Iraque.