Perante um apelo destes de «Parar a guerra, dar uma oportunidade à Paz», tínhamos que estar aqui presentes, nesta que é uma questão fundamental nos dias que correm hoje.
Nós estamos numa situação em que a guerra alastra no mundo inteiro, desde a Síria, do Sudão, na Palestina, no Iémen, na Ucrânia, com uma dimensão que conhecemos todos. E aquilo que se coloca neste momento é criar todas as condições para pôr fim à guerra e dar uma oportunidade de paz, como o apelo desta iniciativa de hoje.
A guerra não serve os povos, não serve os trabalhadores, serve acima de tudo aqueles que estão a compactuar com milhões e milhões com a guerra. É ver as empresas de armamento mas não só, as energias, alimentares, a encher os bolsos à custa da guerra e os povos cada vez mais apertados.
A solução para os povos não é a guerra. E todos os esforços que sejam possíveis criar, todos os apoios que sejam necessários criar, a partir dos governos, a partir dos poderes, para obrigar aqueles que são intervenientes na guerra, nomeadamente a NATO, os Estados Unidos da América, a Ucrânia e a Federação Russa, para se juntarem à mesa para encontrar uma solução pacífica para o conflito. Não há alternativa a isso. Eu pergunto assim: quantos mais milhares de mortos serão necessários e quanto mais destruição será necessária para se perceber que o caminho é exactamente esse? Obrigar os intervenientes na guerra a sentarem-se à mesa e encontrar os caminhos da paz.
O que é preciso é que o Governo português, com a composição que tem (esta, a anterior ou a futura), cumpra aquilo que a Constituição o obriga: garantir todos os caminhos para alcançar a Paz e os conflitos negociados.
Essa é questão fundamental e que hoje também está aqui na rua.