Senhor Presidente, Senhora Comissária Mînzatu,
Para resolver o problema da falta de profissionais de saúde é preciso investir nos serviços públicos de saúde e criar condições para fixar e atrair profissionais àquelas carreiras.
É preciso valorizar carreiras e salários.
É preciso combater a sobrecarga de trabalho e valorizar o serviço público com um regime de dedicação exclusiva.
É esse o caminho que é preciso fazer.
E é importante que a União Europeia remova os obstáculos e as limitações que hoje coloca a essas medidas que é preciso tomar, nomeadamente os obstáculos e as barreiras de natureza orçamental, que restringem a capacidade dos Estados de porem em prática políticas como estas.
Em Portugal, temos um governo que aceita essas limitações e essas restrições.
Temos um governo que aceita isso, porque isso dá jeito à estratégia de fragilização dos serviços públicos de saúde para abrir o espaço ao negócio da doença com que os grupos económicos acumulam milhões de euros de lucros.
O problema é que essa política deixa os utentes sem cuidados de saúde e põe em causa o direito à saúde. Mudem‑se as políticas e mudar-se-ão as consequências e os resultados.