Senhor Presidente, Senhor Comissário Serafin,
A posição que saiu deste Parlamento sobre o orçamento da União Europeia para 2026 manteve opções erradas e não incluiu aspetos que eram essenciais para dar resposta às necessidades dos povos.
A conclusão da discussão com a Comissão e o Conselho confirmou esse resultado.
As alterações de pormenor introduzidas na fase final da discussão do Orçamento para 2026 não mudam as opções de fundo que vão no sentido errado e contrário às necessidades e interesses dos povos.
A versão final do orçamento continua a deixar para trás a resposta na melhoria dos salários e das condições de vida, no combate à pobreza, na habitação, na coesão social, no investimento nos serviços públicos para garantir o acesso à saúde, à educação, à proteção social, aos transportes ou à cultura.
A caricatura dessa opção é um aumento de última hora em um milhão de EUR no Fundo Social Europeu +.
Hoje, num outro debate, criticou-se aqui a dependência e o atraso crítico da União Europeia em questões de produção industrial e desenvolvimento tecnológico. Mas o orçamento continua a negar o apoio a políticas nacionais de aproveitamento das capacidades e recursos produtivos, o equilíbrio ambiental e ecológico.
Em sentido contrário, este orçamento reflete e aprofunda as opções feitas na revisão intercalar do atual quadro financeiro plurianual, acentuando o desvio de recursos do orçamento para o militarismo, a guerra e a corrida aos armamentos, para políticas de financiamento público de multinacionais e grupos económicos, para a política de expulsão de migrantes para fora das fronteiras.
São essas as opções que absorvem a fatia de leão do orçamento da União Europeia.
Até as verbas da coesão servem para financiar o militarismo.
Os povos precisavam de um orçamento de progresso, de desenvolvimento e de justiça social. Este não é esse orçamento.







