Senhora Presidente, Senhora Comissária,
A prioridade no combate à introdução clandestina de migrantes e ao tráfico de seres humanos deve ser uma política migratória que assegure rotas migratórias seguras, legais, ordenadas e reconhecidas.
Essa é a solução que garante uma política humanista para os migrantes e também uma política que desfaz o negócio bilionário, que se alimenta da sua clandestinidade e da sua exploração.
As propostas que hoje aqui discutimos invertem as prioridades e vão no sentido errado nas medidas que propõem.
Confunde-se o contrabando de migrantes, ou a introdução clandestina de migrantes, com o tráfico de seres humanos; aumentam-se os poderes da Europol e avança-se para o processamento de dados em larga escala, incluindo dados biométricos; expandem-se os poderes, o orçamento e outros recursos da Europol, ultrapassando, em muitas situações, os limites do controlo democrático; aumenta-se o financiamento, o equipamento e o pessoal da Europol, em vez de se investir nos meios e capacidades dos órgãos de polícia criminal e das forças e serviços de segurança nacionais; propõe-se a criação do cargo de Oficial de Ligação para a Imigração, a ser destacado pelas forças policiais nacionais para países terceiros; e torna-se uma tarefa horizontal para a Europol o combate à introdução clandestina de migrantes.
Estas são opções erradas que não acompanhamos.







