Nestas previsões de outono, a Comissão Europeia faz recomendações de que Portugal se concentre na consolidação orçamental, que mantenha excedentes
orçamentais, que tenha saldos primários positivos, ou seja, contenção dos gastos com os trabalhadores.
A Comissão Europeia diz-nos isto ao mesmo tempo que nos faltam professores nas escolas, profissionais de saúde no SNS, técnicos de emergência no INEM.
O flagelo dos baixos salários em Portugal é um flagelo nacional mas nestas previsões a Comissão Europeia encara o aumento dos salários como pressões
salariais sobre a economia.
Eu quero perguntar-lhe, Sra. Deputada, como é que se consegue dar concretização a estas recomendações da Comissão Europeia e simultaneamente resolver os problemas do país?
Não se consegue, é uma contradição.
E as opções que o Governo está a fazer no orçamento mostram bem que ou se cumprem estas recomendações ou se resolvem os problemas do país.