O abandono de décadas do Património Cultural no nosso país teve efeitos desastrosos ao nível da salvaguarda do edificado, mas também à gravíssima falta de pessoal que afecta os serviços desta área como, por exemplo, os museus.
O PCP trouxe propostas e soluções para estes problemas neste orçamento. Ontem, uma delas foi parcialmente aprovada e diz respeito às intervenções da Carta de Risco do Património. Mas foi aprovada sem o envelope financeiro que o PCP propunha para a sua concretização. Não chega, senhoras e senhores deputados.
Outras propostas fundamentais para quebrar o rumo de desresponsabilização do Estado perante o património foram rejeitadas, mas o PCP não vai desistir e não vai deixar de batalhar:
- Pelo recrutamento de 250 trabalhadores, no mínimo, para a Direcção Geral do Património Cultural, serviços dependentes e Direcções Regionais de Cultura;
- Pela reactivação do Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos;
- Pelo alargamento da gratuitidade dos Museus;
- Pela duplicação de verbas do programa Pro-Museus.
Assinalamos a aprovação de medidas de investimento para concretização da última fase da criação do museu nacional da resistência e liberdade na Fortaleza de Peniche. Até porque não há futuro de progresso sem conhecermos e salvaguardarmos o património cultural e a memória histórica.