A Ucrânia, pela sua importância geoestratégica e de recursos naturais (nomeadamente energéticos), tem sido um alvo preferencial por parte da União Europeia. Não são pois estranhas as propostas que, no plano económico, o relatório contempla. Nem é estranho o desrespeito pelos princípios que a própria UE diz serem os seus – nomeadamente a separação de poderes, a imparcialidade ou a transparência e a independência do poder judicial do poder político, de que é exemplo a tentativa de influenciar o processo que as instituições da justiça ucraniana promovem contra Yulia Timoshenko.
Rejeitamos toda a ingerência externa que este relatório promove, na continuação de outras orientações políticas que não têm em conta os interesses do povo ucraniano ou dos povos dos países da UE, mas sim dos monopólios económicos e financeiros, de que a proposta de criação de uma Zona de Comércio Livre é mais um exemplo.