[excerto]
Vamos para esta batalha com redobrada confiança que a CDU pode avançar e crescer, lutando pela viragem na vida do concelho da Amadora a que todos aspiramos.
E a Amadora bem precisa de retomar a gestão CDU!
Por isso, aqui estamos, a lutar para devolver Amadora a uma gestão vinculada aos valores de Abril, aquela gestão que assegurou um inegável progresso e desenvolvimento.
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É por isso que as próximas eleições autárquicas assumem grande importância, pelo que representam no plano local, mas também pelo que podem contribuir para dar força à luta que travamos, para melhor defender os interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
Mais força à CDU para melhores serviços públicos e resolver os imensos problemas que enfrentam as populações.
São hoje conhecidos os níveis de subfinanciamento em domínios essenciais à prestação de serviço público. É assim na Saúde e na educação. O encerramento de serviços públicos e a redução de trabalhadores aumentaram as dificuldades de resposta nos serviços de segurança social e nos centros de emprego. Anos sucessivos de cortes cegos pela mão do governo PSD/CDS agravaram o que décadas de política de direita provocaram.
É preciso dar resposta a este subfinanciamento, ir mais longe no investimento directo do Estado, não subordinar as necessidades de desenvolvimento e resposta aos problemas nacionais à ditadura dos critérios orçamentais e do défice ou ao garrote da dívida, enterrando aí os recursos que fazem falta ao País.
Expressão bem visível desta falta de investimento é o que se assiste no domínio das infraestruturas e dos transportes.
O problema da mobilidade e do direito ao transporte assume hoje, para centenas de milhares de pessoas da área metropolitana de Lisboa, uma expressão dramática.
Falta de meios de transporte, degradação da qualidade, fiabilidade e segurança, aumento dos custos, redução da oferta são o efeito conjugado da privatização de parte significativa dos meios rodoviários de transporte e do abandono pelo Estado do Transporte Público.
É necessário inverter este rumo. Não se podem encher páginas de apelos à mobilidade sustentável, à redução do uso do transporte individual ou ao incremento do transporte público e depois nada fazer.
A resposta ao problema dos transportes exige uma visão metropolitana. É necessário investir na modernização das empresas de transportes públicos, sejam o Metro, o transporte fluvial ou ferroviário. Investir em autocarros, barcos e comboios, mas também na adequada manutenção dos existentes. Contratar maquinistas e motoristas que permitam repor os níveis de oferta, mas também operários para as manutenções e trabalhadores para as estações que permitam melhorar a fiabilidade e a qualidade.
Um direito à mobilidade que passa também por aumentar a oferta e reduzir o custo dos transportes, assegurando, como o PCP propôs, e todos os outros partidos recusaram, o alargamento do passe social intermodal a toda a Área Metropolitana, a todas as carreiras e a todos os operadores.
É necessário rever o Regime Jurídico de Transporte Público aprovado pelo Governo PSD/CDS – uma peça concebida para a liberalização total do transporte público feito à custa dos rendimentos das famílias – e assegurar que o Estado retoma e preenche a oferta de transporte, com a integração dos trabalhadores e do serviço da Fertagus na CP, e com a criação de operadores públicos para o transporte rodoviário, revertendo o caminho da privatização e desmantelamento da Rodoviária Nacional.
É necessário retomar o investimento em infraestrutura: levar o Metropolitano à zona Ocidental de Lisboa e a Loures; concretizar a modernização da Linha de Cascais, sucessivamente adiada para permitir a sua privatização; retomar o projecto do eléctrico rápido ligando Oeiras, Amadora, Odivelas e Loures.
Que ninguém tenha dúvidas, quanto mais força tiver a CDU, mais condições tem para fazer o País avançar e resolver os muitos problemas que ele enfrenta em resultado de anos e anos de política de direita e de recuperação e reconstituição dos grupos monopolistas com consequências nefastas na vida do País.