Senhora Comissária Kos, há mais de 11 anos que a guerra se arrasta na Ucrânia.
A realidade demonstra que é urgente o diálogo. Diálogo para uma solução política do conflito. Diálogo que dê resposta aos problemas da segurança colectiva e do desarmamento na Europa. Diálogo que vise o cumprimento dos princípios da Carta da ONU e da Acta Final da Conferência de Helsínquia.
O diálogo retomado em Istambul entre a Rússia e a Ucrânia é um importante passo. Deve contribuir para fazer avançar um processo negocial que responda às causas do conflito e abra caminho a uma paz justa e duradoura na Europa. Impõe-se que os Estados Unidos, a NATO e a União Europeia ponham fim às manobras que visam prolongar a guerra e obstaculizar uma solução política para o conflito.
Há que parar de insistir na confrontação e na mobilização de milhares de milhões para os armamentos e a guerra, recursos que faltam e são retirados à coesão, aos salários, à saúde, à educação, à habitação, enfim, à resposta aos problemas dos povos.
É preciso travar este caminho para o precipício e colocar a paz como verdadeiro futuro da humanidade.