Declaração de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP

Encontro com o Presidente da República

Encontro com o Presidente da República

Os problemas estruturais do País que diariamente atingem o povo, como as desigualdades e as injustiças sociais, o aumento do custo de vida, a degradação dos serviços públicos, a dependência externa, a falta de aposta na produção nacional, exigem soluções que não se vislumbram no Programa do Governo nem no Orçamento do Estado.

A maioria absoluta do PS garante a aprovação do Orçamento do Estado mas este não só não resolve como agrava os problemas com que o País está confrontado. É necessária uma resposta à altura dos problemas e das necessidades que o país enfrenta, mobilizando todas as possibilidades que hoje existem.

Essas soluções defendidas pelo PCP para alguns dos problemas mais mediatos do povo e do País faltaram há 5 meses, na versão anterior do Orçamento, e continuam a faltar nesta proposta.

O Governo continua a recusar as soluções defendidas pelo PCP para o aumento dos salários de todos os trabalhadores, o aumento geral das pensões, o reforço dos serviços públicos, designadamente do SNS, continua a recusar a defesa do direito à habitação, o investimento na criação de uma rede pública de creches e de equipamentos sociais, o apoio à produção nacional e às micro, pequenas e médias empresas.

No que diz respeito ao aproveitamento da guerra e das sanções, utilizadas como pretexto pelos grupos económicos para acumularem milhões de euros de lucros, à custa do empobrecimento dos trabalhadores e do povo, o Governo recusa defendê-los, remetendo a resposta para decisões da União Europeia, mais uma vez numa posição de desresponsabilização e aceitação de imposições externas prejudiciais ao povo e ao País.  É por isso, que a luta pela paz, contra a escalada da guerra, tem de ser desde já associada à luta em defesa dos direitos, à reposição e valorização do poder de compra dos salários e das pensões.

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