Quando se aproxima a celebração de mais um Dia Internacional da Mulher, a DORL do PCP, saúda as mulheres aqui presentes e através delas, saúda também todas as mulheres portuguesas, particularmente as mulheres trabalhadoras.
Numa altura em que:
Aumenta a exploração laboral, com a consequente redução de salários e pensões.
Aprofunda-se a degradação das condições de vida e de trabalho;
Alargam-se os retrocessos nos direitos das mulheres;
Aumenta o desemprego e a precariedade;
Fruto da generalização dos baixos salários, aumenta também o número de mulheres a receberem o SMN;
Cresce a diferença salarial entre mulheres e homens, na maioria dos sectores de actividade;
Se agravam as discriminações, principalmente em função da maternidade.
Numa altura em que se verifica que esta situação aumenta também as proporções da violência, não só familiar mas também social, banalizando-a e tornando-a constante, ao mesmo tempo que se propagam as imagens da mulher como objecto sexual.
Daqui afirmamos ser necessário:
Tempo para trabalhar.
Tempo para si e para a família.
Tempo para participar.
Criar um plano nacional de combate às discriminações em função da maternidade e da paternidade.
Promover medidas de prevenção e combate à violência sobre as mulheres.
Afirmar que a prostituição não é solução, é exploração.
Promover a participação social e politica das mulheres.
E por isto e muito mais, saudamos o MDM, pela convocação da Manifestação Nacional de Mulheres, para o próximo dia 11 de Março, aqui em Lisboa.
Esta manifestação apela à luta por mais direitos:
O direito ao trabalho;
O direito à igualdade salarial;
O direito à maternidade e paternidade;
O direito das crianças às escolas, creches e tempos livres;
Pela igualdade de direitos e oportunidades!
Mas será também para dizer que as mulheres, sendo 52,2% da população residente em Portugal e 51,3% dos trabalhadores por conta de outrem, são essenciais para o tão necessário aumento da produção nacional e para o desenvolvimento do País.
No próximo dia 11 de Março, todas daremos vida às lindíssimas palavras da Maria Velho da Costa e diremos: “segure-me aqui os cachopos, Senhora, que a gente vai de camioneta a Lisboa dizer-lhes como é.”