Os retrocessos e os progressos na forma como as sociedades têm olhado para a prática do aborto estão indissoluvelmente ligados aos retrocessos e aos progressos da condição feminina.
O aborto tem de ser encarado como um problema de saúde pública, e como uma questão interligada com os direitos fundamentais da Mulher.
A luta das mulheres pelo acesso aos direitos sexuais e reprodutivos e peloo domínio da sua sexualidade é uma luta secular que tem passado por perseguições que se prolongam, infelizmente, até aos dias de hoje.
Os efeitos danosos e as consequências nefastas que esta decisão terá na dignidade humana e na saúde reprodutiva das mulheres norte-americanas deveriam indignar-nos a todas e a todos, mulheres e homens, para quem a exigência da participação e a tomada de posição é um acto de cidadania consciente, na defesa dos direitos das mulheres.
A Igualdade tem de ser plena, concreta! E não há igualdade sem Direitos.
Daqui expressamos a nossa solidariedade para com as mulheres que sentem na pele estes retrocessos inaceitáveis, na certeza de que nenhum direito se perde para sempre!