Conselho Europeu: impõe-se que o governo português apresente a renegociação da divida

Conselho Europeu: impõe-se que o governo português apresente a  renegociação da divida

No final do encontro do PCP com o Governo PSD/CDS, Vasco Cardoso da Comissão Política sublinhou a continuidade da mesma atitude de abdicação dos interesses nacionais por parte do novo governo que esteve patente nos seis anos do governo PS.

A delegação do PCP, que contou ainda com a presença de Pedro Guerreiro do Comité Central e de Honório Novo, deputado na Assembleia da República, manifestou também a profunda inquietação com o processo de alienaçaão da soberania nacional em que, tratado após tratado, conselho após conselho, sempre com o comprometimento de cada um dos governos se assiste a uma política que está a tornar o nosso país, num país cada vez mais dependente e menos soberano.

Para o PCP a situação de profunda crise, o desemprego, a precariedade, a recessão económica, o crescimento da dívida e do défice reclamam, não uma política de continuidade, não uma política de favorecimento dos grupos económicos, mas uma ruptura com as orientações que em Bruxelas e em Lisboa, vão empurrando o nosso país para o desastre.

O PCP transmitiu ainda ao governo que a atitude patriótica que se impunha na reunião do Conselho Europeu de 23 e 24 de Junho é a  da apresentação de um pedido formal de renegociação da dívida pública portuguesa. Renegociação a pedido do Estado português e não por imposição dos países credores, com mais medidas de austeridade, como a que está a ser imposta na Grécia. Uma renegociação que permita valorizar a produção, elevar os salários, defender os serviços públicos, e pagar a própria dívida, naquilo que é legítimo que seja pago pelo nosso país.

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