João Oliveira, deputado do PCP no Parlamento Europeu, participou hoje num comício em Gaia, no âmbito da Jornada de Trabalho que está a realizar no distrito do Porto.
Intervindo numa das zonas mais movimentadas da cidade, o deputado comunista no Parlamento Europeu denunciou o Orçamento da UE para 2025 por ter como prioridade servir os interesses das multinacionais e dos grupos económicos, que destina mais de 21 mil milhões de euros à ingerência, à política de confrontação, ao militarismo e à guerra e ao controlo de fronteiras. Dinheiro que faltará para ao necessário apoio aos sectores produtivos, à coesão económica, social e territorial, ao investimento público nos serviços públicos ou na habitação. Um orçamento que canaliza para pagamento de juros à banca verbas que estavam destinadas ao combate às desigualdades sociais e ao apoio aos sectores produtivos.
Segundo João Oliveira, tal como o Orçamento da UE, também o Orçamento de Estado do governo PSD/CDS, viabilizado na semana passada pelo PS, falta com as respostas que os trabalhadores, o povo e o país precisam porque não atende à emergência nacional de aumentar salários e pensões, não defende os serviços públicos nem o direito à habitação, ao mesmo tempo que continua a alimentar o negócio da doença em vez de garantir os profissionais em falta no Serviço Nacional de Saúde.
O comício contou ainda com a intervenção de André Araújo, eleito na Assembleia Municipal, que denunciou os problemas de mobilidade no concelho, nomeadamente os que decorrem dos problemas de funcionamento da rede UNIR, mas denunciou ainda a convergência do PS com o PSD e o CDS para impedir a revogação das portagens na A29 e novas linhas de Metro do Porto que o PCP propôs na recente discussão do Orçamento do Estado na Assembleia da República.