O primeiro dia do período oficial de campanha para as eleições autárquicas não poderia ter terminado da melhor forma: 300 candidatos, amigos e apoiantes da CDU encheram por completo o salão dos Bombeiros Voluntários de Valadares para um jantar-comício em Vila Nova de Gaia.
«A CDU continuará a ser consistente, não se dobrará, não se venderá e continuará a estar do lado certo da luta», garantiu Beatriz Castro, candidata à Assembleia Municipal de Gaia – concelho que «não precisa de quem só aparece em tempo de eleições».
«Dizem-nos que tudo o que propomos é utópico: que a cidade não pode ter espaços verdes, que as rendas não podem ser acessíveis, que é impossível uma recolha de lixo eficaz e transportes que circulem a horas», lamentou André Araújo, candidato à Câmara Municipal de Gaia. «Dizem-no, em primeiro lugar, porque não o conseguiram fazer enquanto lá estiveram e, em segundo, porque não o querem fazer», criticou. No entanto, salientou o candidato, «são essas as prioridades da CDU e, com mais força, serão possíveis».
A água como bem público essencial foi outra das matérias destacadas pelo cabeça de lista: «em Vila Nova de Gaia, os gaienses já pagam uma factura muito cara, mesmo antes de abrir a torneira».
Já Paulo Raimundo salientou que, no espaço de convergência que é a CDU, não há lugar para falar da «estratosfera», de «obras faraónicas» ou de «camiões de promessas». Na CDU, sublinhou o Secretário-Geral do PCP, fala-se da vida de todos os dias: dos transportes, de serviços públicos de qualidade, da vaga na creche, do drama da habitação, em suma, da «vida difícil da maioria».