Camaradas,
O trabalho desenvolvido no Ensino Superior pelos jovens comunistas, militantes da JCP, estende-se a vários planos, um deles o Movimento Associativo Estudantil. Aliás, não poderia ser de outra forma para uma organização como a nossa, que procura estar onde estão as massas, elevar as suas consciências, despertá-las para a luta.
Pelas potencialidades de ligação com as centenas de milhares de estudantes que frequentam o Ensino Superior, o Movimento Associativo Estudantil é alvo dos que defendem a política de direita, que não pensem duas vezes em atacá-lo, com vista a atenuar o seu carácter transformador e reivindicativo.
Os comunistas são, naturalmente, os primeiros a procurar virar o jogo e a colocar no centro da discussão os problemas concretos dos estudantes e a entender a unidade em torno de elementos concretos como a ferramenta essencial das suas lutas.
É esse o sentido da nossa acção. Nas nossas associações, no contacto com todas as expressões do Movimento Associativo Estudantil ou nos Encontros Nacionais de Direcções Associativas procuramos a elevação da consciência das massas estudantis e o seu despertar para a luta em unidade. Como por exemplo o trabalho desenvolvido na AEFCSH, associação da qual sou Presidente da Direcção e que foi eleita, novamente, com uma lista composta por mais de 190 estudantes.
Os problemas estão aí e são por demais evidentes. Custos da educação, qualidade do Ensino, dificuldades no alojamento. Enquanto as forças da política de direita procuram apagar as suas responsabilidades políticas ou dizer que esses problemas são naturais ou mesmo inevitáveis, os jovens comunistas continuarão aqui a dizer que Não Tem de Ser Assim, e que os estudantes cá estarão a dar resposta, nas ruas, em luta, em unidade.
E mesmo com toda a lengalenga empreendedora e conformista, a luta avança, também e principalmente com o contributo da persistência e determinação dos jovens comunistas.
Repare-se no exemplo das propinas. Não fosse a firme decisão da JCP de não desistir da luta pelo seu fim, e o Governo reaccionário do PSD/CDS teria agora concretizado o seu velho objectivo de as aumentar.
Nunca desistimos, mesmo quando outros encontravam fórmulas mágicas para contornar essa reivindicação central, e agora tivemos a resposta dos estudantes que se mobilizaram a 9 de Outubro, como a 21 de Março.
Esses estudantes não pediam mais flexibilidade, cheques ou residências privadas. Foram milhares, são milhares que saem à rua, mas pelo fim da propina, por alojamento público, por mais acção social, e de cravo na mão gritam “Procuro, procuro, Abril no meu futuro!
O Ensino Superior de Abril não é coisa do passado. É reivindicação dos estudantes, necessário ao desenvolvimento do país e não há esquema ou palavreado que esconda o projecto da política de direita, que todos os dias impacta na vida dos estudantes
Hoje é mais difícil colocar os comunistas à margem. Somos mais, estamos em mais sítios, participamos, promovemos o debate fraterno, de igual para igual na praxe, no núcleo, na Associação de Estudantes. Sim, ganhámos prestígio, pela prática, pela seriedade e persistência inabaláveis, e quando assim é, alarga-se e fica mais difícil ignorar a justeza do que se diz, do que se propõe do que se faz.
Continuamos a lutar por um Ensino Superior Público, Gratuito, Democrático e de Qualidade, um Ensino Superior de Abril, um Ensino Superior sem barreiras e ao serviço dos interesses do país.
Nós, comunistas que somos, cá estaremos.
Viva a JCP!
Viva o PCP!