Os primeiros 100 dias de mandato da Comissão Europeia ficam marcados por três mais.
Mais militarismo e guerra, mais neoliberalismo, mais federalismo.
A Comissão Europeia não encontrou nem tempo nem vontade para denunciar o genocídio do povo palestiniano, para se demarcar do regime genocida de Israel, de Netanyahu.
Não encontrou tempo e recursos para investir na Paz e em soluções que garantam a segurança colectiva em toda a Europa.
Não encontrou tempo nem recursos para afetar ao combate ao problema da habitação, para melhorar o acesso à saúde e à educação, apoiando as políticas nacionais dos Estados-Membros.
Não encontrou tempo nem recursos para nada disso, mas encontrou 800 mil milhões de euros para fazer a corrida aos armamentos e para apontar o prolongamento da guerra na Ucrânia.
A Comissão Europeia, nestes primeiros 100 dias, não encontrou soluções para as pequenas e médias empresas, soluções de apoio ao aproveitamento dos recursos produtivos de cada país.
Mas encontrou uma bússola para a competitividade, para abrir uma autoestrada às grandes multinacionais.
Tal como não encontrou o tempo para respeitar os Estados-Membros nas suas competências próprias, seja em relação ao acordo do Mercosul, seja em relação ao 28.º regime jurídico, e quer avançar no sentido do federalismo.
Este não é o caminho certo para os povos do espaço da União Europeia.