Camaradas,
O distrito de Viseu conta com 24 concelhos e cerca de 350 mil habitantes, perdendo cerca de 27 mil na última década, particularmente a população mais jovem e activa, para o litoral e estrangeiro, acentuando assim o envelhecimento e desertificação do território.
A cada novo acto eleitoral, é comum entre os partidos da política de direita, fazerem-se declarações de amor ao interior criando grupos e comissões de estudo, anunciando Planos para a Coesão e medidas avulsas de discriminação positiva, partindo de um diagnostico que há muito está feito.
Os problemas do interior não são este ou aquele plano que falhou, esta ou aquela medida que não se aplicou. Os problemas do interior são as opções da política de direita e dos sucessivos governos (PS, PSD com ou sem CDS e agora com os seus sucedâneos, Chega e IL) que a executam há mais de 40 anos.
Ora, o que urge é romper com essa política e pôr em prática medidas concretas que combatam a desertificação e envelhecimento da população e promovam a fixação dos mais jovens.
É necessário avançar com o processo de regionalização como instrumento de combate às desigualdades e assimetrias regionais, promovendo o desenvolvimento harmonioso e equilibrado do país, aprofundando a democracia com a participação e fiscalização por parte das populações das decisões políticas que a elas se destinam. É fundamental o planeamento e execução de medidas dirigidas às necessidades das populações e ao desenvolvimento regional em matérias relevantes como a elaboração e execução de planos de desenvolvimento económico de curto e médio prazo, o apoio às actividades produtivas, a definição de prioridades de investimento na melhoria da qualidade dos serviços públicos, em vias de comunicação e equipamentos sociais - sejam lares, creches, equipamentos de apoio a pessoas com deficiência - o ordenamento do território, a conservação da natureza e recursos hídricos, a promoção da cultura, desporto e valorização do património.
Camaradas,
É hora de mudar de política, e votar CDU para defender o interior e quebrar esta tendência de empobrecimento do país, dos trabalhadores e do povo. Esta tendência de baixos salários e pensões, de aumento da exploração e precariedade, da promiscuidade entre política e os grandes grupos económicos visando a defesa dos seus interesses, sempre contrários aos interesses do povo e do país.
Não vale a pena alguns elevarem a voz ou colocar grandes cartazes em campanha dizendo que o distrito de Viseu precisa de uma voz forte, quando depois de eleitos essa voz se cala ou fala tão baixo que ninguém a ouve. Pior, camaradas, é que quando se ouve, mesmo baixinho, é para servir de obstáculo às propostas do PCP e da CDU, de que são exemplo as propostas a incluir no OE para 2024 e rejeitadas, nomeadamente:
- A construção de Barragens de Regadio em Armamar e Moimenta da Beira
- A construção do IC36 entre Viseu – Nelas - Seia
- A Reconversão do Hospital Psiquiátrico de Abraveses numa unidade pública de Cuidados Continuados/Paliativos.
Camaradas,
Não é só a politica institucional que conta para se efectivar a melhoria das condições de vida do nosso povo e o desenvolvimento do país, e mesmo que não se concretize a representação de deputados da CDU do Distrito de Viseu na Assembleia da República, podem os camaradas confiar no empenho, dedicação e trabalho dos comunistas da região, dos nossos amigos e companheiros do PEV na contribuição que darão para se alcançar um resultado que reforce e dê expressão ao crescimento da CDU em todo o território nacional.
Viva O PCP!
Viva a CDU!