A possibilidade da eleição de Ursula Von Der Leyen agrada aos grupos económicos, agrada aos bancos, agrada às multinacionais, incluindo as farmacêuticas e a indústria do armamento, agrada a quem explora os migrantes e os sujeita a condições de escravatura.
A possibilidade da sua eleição agrada a todos esses grandes interesses económicos mas não serve aos trabalhadores e aos povos.
O futuro dos povos exige a ruptura com o consenso neoliberal, federalista e militarista que Ursula Von Der Leyen representa e a construção de uma Europa de paz e cooperação.
Exige mais direitos laborais e sociais, uma distribuição mais justa da riqueza, o reforço dos serviços públicos e do investimento público para garantir o direito à saúde, à educação, à habitação, à segurança social.
Exige o desenvolvimento e a coesão social, a defesa do ambiente, a defesa dos direitos e liberdades democráticas, exige o combate a todas as desigualdades e discriminações, exige o humanismo na política de migrações, exige o combate à corrupção e aos privilégios dos grandes grupos económicos e financeiros.
Nós seremos a voz dessa alternativa que se constrói à esquerda.
Seremos a voz das ruas, a voz dos trabalhadores e dos povos que lutam por um futuro de paz, igualdade, liberdade, democracia e justiça social.
Seremos essa voz hoje, votando contra a eleição de Ursula Von Der Leyen, e continuaremos a sê-lo em todos os outros dias deste mandato dando voz à alternativa que apenas à esquerda pode ser construída para garantir o futuro dos povos.