Camaradas, amigos e amigas, presentes
Dois anos de maioria absoluta do PS, com o apoio de PSD, IL e Chega, foram suficientes para demonstrar que os trabalhadores, precisam de mais deputados da CDU na Assembleia da República, que os defendam e que para isso o seu voto é determinante.
O PS no essencial desperdiçou seis anos de reais condições para a criação de um país mais justo e de governar para os trabalhadores, mas as suas opções de classe falaram mais alto, continua refém dos interesses do poder económico.
Vivemos e trabalhamos num País onde se desvaloriza a centralidade do trabalho e a sua importância no desenvolvimento económico e social.
Os trabalhadores precisam de uma alternativa política, que promova uma justa distribuição da riqueza, que provoque um verdadeiro choque salarial e nos aproxime aos da média na União Europeia.
É uma questão de emergência nacional o aumento dos salários em 2024 em pelo menos 15%, não inferior a 150€ para todos os trabalhadores dos sectores público e privado,
Fixar o SMN nos 1000€ (já em 2024 e não em 2028) aproximando-o da retribuição necessária à garantia de uma vida digna no nosso país, sem contrapartidas para o patronato, reforçando a estabilidade financeira da segurança social e garantindo melhores reformas no futuro;
Um País, onde é urgente combater as desigualdades e as injustiças perante quem trabalha e produz riqueza.
Um País com futuro precisa de dignificar o trabalho e os trabalhadores, as suas qualificações, competências adquiridas ao longo da vida e a respetiva evolução nas carreiras profissionais;
De legislação laboral que estabeleça equilíbrio nas relações de trabalho e proteja a parte mais frágil, o trabalhador.
Legislação que não dê ao patronato, as ferramentas e elementos de chantagem para ter ao seu dispor, contratação colectiva que lhe permita definir horários à medida dos seus interesses, designadamente horários concentrados, bancos de horas, adaptabilidades, laborações contínuas, isto é, impor a desregulação para aumentar a exploração.
Legislação laboral que promova a redução dos horários de trabalho para as 35 horas semanais no máximo e melhore a articulação entre vida profissional, pessoal e familiar, porque os trabalhadores também têm direito a viver a vida, a desfrutar da cultura, do desporto, do lazer, têm direito a ser felizes.
É preciso expurgar da legislação todas as normas gravosas que permitiram levar à caducidade das convenções colectivas de trabalho, que resultaram da revolução do 25 de Abril e de dinamizar a negociação entre as partes para garantir direitos e condições de vida e trabalho avançadas e condizentes com o século XXI.
Nós os trabalhadores precisamos, que seja reposto o princípio do tratamento mais favorável;
Precisamos de um mundo do trabalho, que coloque termo à chaga dos vínculos precários, negando o direito à estabilidade no emprego a milhares de jovens.
Onde trabalhar não seja sinónimo de ser vítima de acidente de trabalho ou doença profissional e não permita ao patronato intensificar os ritmos de trabalho fazendo do trabalhador escravo da máquina.
PS PSD IL e Chega ignoraram estas reivindicações dos trabalhadores ao votarem contra as propostas dos deputados da CDU na Assembleia, ou seja, votaram contra os interesses dos trabalhadores.
É por isso que dizemos que os patrões já têm deputados a mais na Assembleia da República.
O que precisamos é de mais deputados da CDU, porque são aqueles que não deixem á porta da Assembleia da república as angústias e as expectativas dos trabalhadores;
Precisamos de mais deputados da CDU, para termos a garantia que no debate e na proposta as palavras trabalho e trabalhador, os seus interesses, sejam uma constante e não apenas para preencher a agenda mediática;
Precisamos de mais deputados da CDU para levar até a assembleia o pulsar do mundo do trabalho, a vida de quem trabalha, as lutas de quem trabalha, que ocorrem por este País fora nas empresas e nas ruas;
Precisamos de mais deputados, que cumpram a palavra dada, deputados comprometidos com quem produz a riqueza;
Nós trabalhadores precisamos de mais deputados da CDU, para que se abra um caminho de esperança no futuro;
Foi com os deputados da CDU, e com a luta dos trabalhadores que entre 2015 e 2022 foi possível na Assembleia da República avançar:
No aumento do salário Mínimo Nacional, ainda que insuficiente;
Melhorar as condições de acesso à reforma dos trabalhadores das lavarias no sector mineiro e pedreiras;
Repor os 4 feriados roubados;
Baixar de forma significativa o valor dos passes sociais;
Repor na integra os subsídios de férias e natal aos funcionários públicos;
Eliminar as taxas moderadoras na saúde;
Repor as 35 horas para os trabalhadores da Administração pública;
Com mais deputados da CDU em 10 de Março e com uma relação de forças mais favorável aos trabalhadores será possível criar as condições e avançar, ir mais longe designadamente na revogação das normas gravosas do código do trabalho.
Revitalizar o aparelho produtivo nacional, com o objectivo de aumentar a produção, diminuir as importações e dinamizar o mercado interno;
Criar as condições para reconstruir o sector público empresarial e nele integrar empresas e sectores estratégicos da economia;
Investir nas infraestruturas do País para apoio à produção e combate às assimetrias regionais.
Os trabalhadores precisam de uma alternativa política patriótica e de esquerda, que cumpra com os valores que as portas de Abril abriram.
Viva a CDU!