Intervenção de Ricardo Costa, Encontro Nacional do PCP sobre eleições e a acção do Partido

Os trabalhadores, prioridade central da batalha eleitoral, motor da transformação social

Os trabalhadores, prioridade central da batalha eleitoral, motor da transformação social

Camaradas,

A acção e intervenção dos comunistas é marcada pela organização, dinamização e luta dos trabalhadores por uma vida melhor. Os trabalhadores reconhecem e valorizam a intervenção do nosso Partido, do seu Partido, na proposta, resposta e soluções encontradas para responder aos seus anseios e aspirações.

O quadro de agravamento da situação social que se verifica levou a uma intensa resposta através da luta contra as injustiças que se fazem sentir.

A subida generalizada dos alimentos, da luz, do gás, dos transportes, todos estes com novos aumentos já este ano, o brutal impacto do aumento do custo da habitação, a criação de mais riqueza produzida ao mesmo tempo que exploração sobre quem trabalha também se acentua, cria uma situação de injustiça para quem trabalha. É só comparar os milhões de lucros dos principais grupos económicos - milhões de lucro que crescem a cada mês que passa - 25 milhões por dia! - com os cada vez maiores sacrifícios colocados ao povo e aos trabalhadores.

Basta de injustiças, é preciso romper com este caminho, e essa alternativa está na CDU. É preciso uma vida melhor, cá estamos para ir à luta por essa melhoria na vida de todos! É preciso uma vida melhor, porque não aceitamos as inevitabilidades que nos querem impor. É preciso uma vida melhor e temos a confiança que resulta da nossa intervenção, projecto e proposta, que com mais força à CDU seremos capazes de conseguir essa mudança.
 
É por isso que o desafio é ir para a rua e para os locais de trabalho, para o contacto muito alargado com os trabalhadores influenciando a decisão de cada um sobre a opção que vai tomar. Colocar a questão a cada um: de que lado vão ficar? Ao lado dos que veem na luta dos trabalhadores um problema e querem agravar a legislação laboral? Ao lado daqueles que defendem a especulação e a exploração, e a acumulação de riqueza e que defendem os interesses do grande capital?

Que falam muito de impostos, mas mantém intocáveis os do grande capital e agravam sobre o trabalho? Que querem destruir o SNS e entregá-lo ao sector privado do negócio com a doença. Que querem destruir os serviços públicos e a escola pública. Aos que querem condicionar as liberdades e que ainda hoje não perdoam os avanços conseguidos com a Revolução de Abril Se vão estar ao lado dos que não defendem os interesses nacionais e prosseguem uma política de destruição do aparelho produtivo. Os que defendem os valores da intolerância, do racismo e da xenofobia. Que defendem o passado fascista, a repressão.
 
Ou por outro lado se se somam a esta força que já deu provas, na sua história e no seu percurso, de ser capaz de enfrentar como ninguém todos estes projectos. Uma força que tem projecto e política alternativa, na defesa dos trabalhadores do povo e do país.

Essa força é o PCP e a CDU. 

Camaradas,
 
Sempre que há eleições lá estão eles, os centros de decisão, a assumir o seu papel ao serviço do grande capital que os suporta e dirige. Bem podem agora vir falar em unidade das esquerdas (é só lembrar que tudo quanto arrancámos das mãos do grande capital, arrancamos também das mãos do PS e todos os seus dirigentes) ou acenar com o projecto bafiento e o perigo da direita.

Procuram já dizer-nos como é que vai ser, inevitavelmente a CDU perde, todos os outros ganham. Aqui estamos a assumir o nosso papel de vanguarda, na defesa dos interesses de quem trabalha, dos valores de Abril, da liberdade e do futuro, caminho que só nós estamos em condições de trilhar.
 
Não temos a ideia que sabemos tudo, gostamos de ouvir e aprender, é por isso que é fundamental e precioso para nós o envolvimento de muita gente sem qualquer filiação partidária.

É por isso que é tão importante conversar com muitos trabalhadores sobre o que defendemos, sem receios, colocando-lhes que sejam agentes da mudança que defendemos e que apoiem a CDU, trabalhadores que são elemento essencial na transformação social que pretendemos concretizar.
 
A batalha do esclarecimento é pela afirmação de uma política que coloque o trabalho e os trabalhadores como uma prioridade, pelo aumento dos salários e das reformas como elemento central, pela defesa dos direitos de quem trabalha, defendendo a contratação colectiva e o fim da precariedade, pela defesa da produção nacional, por medidas de combate ao aumento do custo de vida, pela recuperação de sectores estratégicos e empresas fundamentais, pelo combate a todo o tipo de discriminações, pela valorização de quem trabalha.

Elevar a luta pelos salários, pelos direitos, com os trabalhadores e o povo, construir as soluções para essa vida melhor.

Vamos levar essa luta até ao voto.

Viva a CDU!
Viva a luta dos trabalhadores!
Viva o Partido Comunista Português!