Camaradas e amigos,
Iniciamos um ciclo eleitoral que não é simplesmente a soma de três eleições. Todas elas de natureza diferente, todas com relação entre si. Em todas, temos um objetivo comum: reforçar a CDU!
Haverá quem queira separar as denominadas grandes questões europeias das questões nacionais. Trata-se de uma falsa dicotomia, que serve para ocultar o impacto das políticas e das imposições da União Europeia nas condições de vida dos trabalhadores e do povo português, na situação do País.
Estas políticas e estas imposições da União Europeia são fruto de decisões tomadas também por responsáveis e partidos nacionais.
Os cortes na despesa pública, o desinvestimento nas funções sociais do Estado, os constrangimentos impostos em torno do défice e da dívida, têm um impacto muito concreto, por exemplo, no Serviço Nacional de Saúde e na Escola Pública, na degradação generalizada destes e de outros serviços públicos, afetando a vida das populações; ou nos salários, nas carreiras, nas condições de trabalho, nos direitos dos trabalhadores.
A subida das taxas de juro, decidida pelo Banco Central Europeu, para beneficiar o capital financeiro, tem impactos significativos em Portugal, ao fazer disparar os encargos com o crédito à habitação a mais de um milhão de famílias, e afetando milhares de pequenos e médios empresários.
A política de confrontação, de promoção da guerra e das sanções afecta também os povos de vários países que integram a União Europeia, incluindo Portugal, com a subida de preços de bens e serviços essenciais.
O abandono da produção nacional obriga o País a importar aquilo que podia produzir. Os processos de liberalização e as privatizações deixam nas mãos do capital estrangeiro recursos e alavancas fundamentais para o desenvolvimento do País. E podíamos dar outros exemplos, camaradas.
Os deputados eleitos nas listas da CDU são os únicos deputados portugueses que, no Parlamento Europeu, de forma firme e coerente, combatem estas políticas e imposições da União Europeia e denunciam os seus impactos. Tudo aceite pelos governos do PS e do PSD e CDS e pelos deputados destes partidos no Parlamento Europeu e também na Assembleia da República, aqui juntando-se-lhes os seus descendentes do Chega e da Iniciativa Liberal.
Não fazem lá falta deputados que criem mais dificuldades ao País e à necessária resposta aos problemas dos trabalhadores e do povo.
O que é necessário e imprescindível é reforçar a CDU também no Parlamento Europeu!
Porque somos a voz que não cala a denúncia do papel da União Europeia na promoção dos baixos salários e pensões, da precariedade, da exploração, do empobrecimento, da degradação das condições de vida.
Mas também porque somos a voz da proposta, que aponta caminhos alternativos, de progresso social, por melhores salários, pela redução do horário de trabalho e a diminuição da idade da reforma; por uma vida melhor para os jovens ou pelos direitos das mulheres e pela igualdade no trabalho e na vida.
Porque somos a voz que se ergue em defesa da produção nacional; do aproveitamento das potencialidades de desenvolvimento do país; do ambiente e da biodiversidade, do combate às alterações climáticas.
Uma voz e uma ação prática que procuram abrir caminhos de cooperação assentes em relações de amizade entre os povos, no respeito pela soberania e independência nacional e na paz!
Não esperamos pelas eleições para estar junto das pessoas. Para dar a conhecer o nosso trabalho, a nossa intervenção e propostas, para informar, esclarecer, desmontar a deturpação das posições do PCP, mobilizar e dar confiança, contrariar o desânimo e a resignação. Para afirmar que é hora de mudar de política, e que é o voto na CDU e o reforço do PCP que abrem caminho para uma vida melhor.
Vamos à luta, Camaradas!
Viva a CDU!
Viva a JCP!
Viva o PCP!