O PCP está solidário com a luta dos trabalhadores da restauração, hotelaria e turismo que hoje se manifestam à frente do Ministério do Trabalho.

Este, como sabemos, foi um sector que deu muitos lucros, foi uma verdadeira galinha de ovos de ouro, mas isso nunca se traduziu em melhores condições para os trabalhadores, aliás, esses lucros foram obtidos à custa de baixos salários, da precariedade, da desregulação das relações de trabalho, dos vínculos informais.

Agora que as coisas estão difíceis são os trabalhadores os primeiros a ser chamados a pagar, são os primeiros a sentir a crise da pele.

O PCP tem insistido na necessidade de garantir postos de trabalho e salário por inteiro e o governo tem que intervir directamente para ajudar estes trabalhadores, para evitar uma situação social dramática que já está em curso

Na mesma forma, as medidas de encerramento e de alteração do normal funcionamento dos estabelecimentos, dos restaurantes, dos cafés, que o governo agora aprovou estão-se a reverter, uma vez mais, numa situação mais dramática para os trabalhadores.

Quando era possível manter estes estabelecimentos a funcionar com normas de segurança.

Não é verdade que sejam um dos principais espaços de contágio, se forem respeitadas as normas sanitárias.

O governo tem de intervir sim, directamente para ajudar os trabalhadores, garantindo os postos de trabalho, garantindo os seus salários.

Nunca faltaram propostas da parte do PCP para ir ao encontro destes objectivos, aliás se hoje se pode falar salários a 100% foi pela luta dos trabalhadores e pela intervenção do PCP.

Por isso, o essencial neste momento é continuar a lutar para conseguir realmente preservar os rendimentos e os postos de trabalho para que esta situação não se transforme num verdadeiro desastre social como já se está a preparado para ser por omissão de intervenção do governo.