Declaração de Jorge Pires, membro da Comissão Política do Comité Central

Sobre a reunião do Infarmed de 9 de Fevereiro

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1 - De acordo com os elementos avançados pelos vários técnicos presentes na reunião, assiste-se neste momento a um decréscimo consolidado do número de incidências, com tendência para continuar nas próximas semanas.

2 – Ficou claro nesta reunião que uma das formas mais eficazes de combate à epidemia é avançar o mais rápido possível com o processo de vacinação, envolvendo todos os portugueses e que o grande obstáculo ao seu avanço está na falta de vacinas devido à falha de compromisso das farmacêuticas relativamente às entregas que se tinham comprometido contratualmente.

Acresce que uma das vacinas, da Astrazeneca, sabe-se hoje, não deve ser ministrada a indivíduos com 65 ou mais anos, o que vem dificultar ainda mais o processo.

3 – Apesar da descida sustentada do número de incidências e a perspectiva da sua continuação no futuro imediato, o PR e o Governo preparam-se, tal como foi anunciado no final da reunião pelo Primeiro-Ministro, para manter o actual confinamento até final do mês de Março, o que consideramos inaceitável porque despreza todas as consequências no plano económico, social e também de saúde, em geral, dos portugueses.

4 – O que o País precisa é de reforçar a protecção individual, fazer a pedagogia da protecção, reforçar o SNS concretizando todas as medidas aprovadas no Orçamento do Estado.

O que o País precisa é de dinamizar a actividade económica, garantidas todas as condições de segurança dos trabalhadores, a actividade cultural e a actividade desportiva, e simultaneamente garantir a protecção social a todos aqueles que perderam as suas renumerações, em parte ou no todo, e garantir o salário a 100% aos pais das crianças até aos 16 anos que têm de ficar confinadas em casa devido ao encerramento das escolas.

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