O anúncio pelo Governo da requisição civil dos profissionais do SEF face a uma paralisação que o seu sindicato havia agendado para a próxima semana a pretexto da epidemia é uma decisão de particular gravidade. Sustentar a limitação do direito à greve, convocada nos termos que se conhecem, delimitada a determinados períodos, constitui um grave precedente que a expectativa de entrada de turistas no País não justifica nem legitima.
Mais do que exercício de autoritarismo e restrição de direitos fundamentais dos trabalhadores, o que se exige do Governo é que dê resposta à sua legitima reclamação de serem ouvidos no processo de reorganização da estrutura a que pertencem.