As declarações de Rui Rio e Assunção Cristas confirmam que o PSD e o CDS se moveram não pelo objectivo de dar resposta ao direito de contagem do tempo de serviço dos trabalhadores das carreiras especiais da Administração Pública mas sim por meros critérios de calculismo.
PSD e CDS aprovaram na Comissão Parlamentar um texto que voltaram a defender na sexta-feira. O recuo agora assumido pelo PSD e pelo CDS confirma, como já haviam revelado no debate em comissão, a sua recusa, em consagrar a valorização remuneratória devida aos trabalhadores. A mudança de posição do PSD e do CDS, mais do que uma cedência ao ultimato do Governo do PS testemunha a convergência de posições com o PS sempre que é necessário para a manutenção de cortes.
O PCP prosseguirá de forma coerente a intervenção e o caminho para a solução que dê resposta a essa e outras aspirações dos trabalhadores e do povo, não se deixando condicionar por pressões.
Não são aceitáveis os ultimatos e pretextos inconsequentes do PS para a demissão do Governo. Para o PCP o que se impõe é prosseguir até ao último dia, o caminho de defesa, reposição e conquista de direitos que se tem percorrido. O PCP dará combate a manobras que visem andar para trás quando o que é preciso é decididamente avançar na resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País.