A relevância da questão de Tancos é óbvia, mas é igualmente óbvia a instrumentalização que o PSD dela está a querer fazer.
Trata-se de um passo mais numa operação inadmissível para desviar a atenção do debate das principais preocupações dos trabalhadores e do povo.
O PSD parece ver neste caso a bóia para disfarçar a falta de soluções para o País e esconder os seus verdadeiros projectos para manter Portugal amarrado ao empobrecimento e intensificação da exploração.
A CDU intervirá até ao fim da campanha sobre o que é essencial: o aumento de salários e pensões de reforma, a valorização da produção nacional, uma rede pública de creches gratuitas, o reforço do investimento nos serviços públicos, designadamente na saúde, a garantia de acesso ao direito à habitação, defesa do ambiente e preservação da natureza.
Se se reunir consenso para convocar a comissão permanente da AR, não será o PCP a opor-se.
O PCP reafirma o que já se disse: apurem-se todas as responsabilidades criminais e políticas, deixe-se a justiça fazer o seu trabalho.