Sobre a privatização da EFACEC

Sobre a privatização da EFACEC

O Governo anunciou ontem, no seguimento da reunião do Conselho de Ministros, proceder à reprivatização de 71,73% do capital social da empresa EFACEC entregando-a ao grupo DST,SGPS.

Sem prejuízo de um pronunciamento mais desenvolvido sobre esta decisão, uma vez que faltam conhecer diversas dimensões desta operação, o PCP sublinha que esta nova privatização da EFACEC – empresa que ao longo da sua existência teve por diversas vezes intervenção pública – não garante nem o futuro, nem o papel estratégico que esta pode e deve ter ao serviço do desenvolvimento da economia nacional.

Para o PCP, o Estado português não pode, como tem acontecido recorrentemente, ser chamado a intervir em empresas privadas, quando estas se revelam incapazes de honrar os seus compromissos, injectar significativos recursos públicos para depois serem entregues novamente à lógica dos interesses do grande capital, até que novas dificuldades surjam no horizonte.

Pelo contrário, uma vez feita a nacionalização da EFACEC como aconteceu no verão de 2020, deveriam ter sido criadas todas as condições para o desenvolvimento e robustecimento da empresa, designadamente na valorização dos seus mais de 2000 trabalhadores e na definição da sua estratégia de intervenção ao serviço do desenvolvimento da indústria nacional e do País.

Para o PCP, quer o histórico quer o carácter estratégico da EFACEC exigiam outras opções por parte do Governo PS, conservando e desenvolvendo a empresa na esfera pública, potenciando a sua capacidade industrial e de investigação e inovação, integrando-a numa estratégia mais ampla de defesa da produção nacional e da soberania do País.

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