Declaração de Paula Santos, Presidente do Grupo Parlamentar e membro da Comissão Política do Comité Central, Declaração à imprensa

Sobre as «novas medidas do Governo para mitigar o aumento do custo de vida»

Ver vídeo

''

O que foi anunciado pelo governo é manifestamente limitado e parcelar face à dimensão dos problemas com os quais estamos confrontados. O aumento do custo de vida, preços especulativos de bens e serviços essenciais, a continuada perda de poder de compra de salários e pensões, lucros colossais que não param de aumentar por parte dos grupos económicos. As medidas anunciadas não só não dão resposta aos problemas como consolidam o aumento de preços, nem trava o aumento dos lucros a partir da especulação.

O que foi anunciado relativamente ao IVA não dá qualquer garantia que se traduzirá numa redução de preços, porque essa redução pode ser absorvida pelos lucros dos grupos económicos. E aquilo que se exige é efectivamente um controlo e uma fixação de preços para remover as componentes especulativas dos preços de bens e serviços essenciais. Relativamente aos salários, aquilo que se exige é o aumento geral de todos os salários de todos os trabalhadores.

Aumentos dos salários que efectivamente permitam recuperar o poder de compra perdido. E aquilo que foi anunciado não só não tem em conta a inflação de 2022, como o valor da inflação já no ano de 2023. Aquilo que é necessário e que se exige da parte do governo é o aumento geral dos salários, o aumento geral das pensões e que efectivamente se assegure a recuperação do poder de compra e a sua incorporação nos salários e nas pensões, bem como um controlo e fixação de preços para combater a especulação.

 

  • Administração Pública
  • Assuntos e Sectores Sociais
  • Economia e Aparelho Produtivo
  • Central
  • aumento custo de vida