Declaração de João Oliveira, membro da Comissão Política do Comité Central

Sobre a Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro

Sobre a Mensagem de Natal do Primeiro-Ministro

Era preciso que a mensagem de Natal do Primeiro-Ministro apontasse uma perspectiva de resposta global aos problemas do País e do povo português, mas não foi isso que aconteceu.

Era preciso uma resposta à situação de milhões de portugueses que vão atravessar esta quadra festiva enfrentando problemas de desemprego, de baixos salários ou baixas pensões, de horários de trabalho desregulados ou precariedade laboral, de falta de acesso à habitação ou risco de perder, ou de falta de creche para seus filhos.

O Primeiro-Ministro entendeu não dar essa resposta e mesmo em relação às questões da epidemia ficou-se pelo elogio ao Serviço Nacional de Saúde e aos seus profissionais, é verdade que esse elogio é merecido, mas mais importante teria sido o Primeiro-Ministro apontar uma perspectiva de concretização das medidas que há muito tempo estão identificadas como essenciais e decisivas na resposta à epidemia, como seja, o reforço das equipas de saúde pública, a contratação de mais profissionais de saúde, a recuperação da das consultas, exames e cirurgias que ficaram em atraso, ou até o pagamento do subsídio de risco aos profissionais de saúde como verdadeiro elemento de valorização do seu empenho e do seu esforço.

O Primeiro-Ministro entendeu não considerar nenhum desses elementos mas o PCP considera que essa é a resposta verdadeiramente necessária que é precisar dar, fazendo a opção da defesa dos interesses e dos direitos do país, dos trabalhadores e do povo e não da submissão às imposições da União Europeia e aos interesses do grande capital e dos grupos económicos.

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