Os resultados das eleições em Espanha confirmam a penalização dos partidos que ao longo dos anos têm governado este país. Em particular o PP regista uma perda de 11 pontos percentuais e mais de 3 milhões de votos, face aos resultados obtidos nas eleições de 2011, na base das quais ainda está no governo. O PSOE regista igualmente uma perda de 6 pontos percentuais e menos um milhão e seiscentos mil votos, face àquelas eleições.
Os resultados destes partidos, apesar de não se terem agravado face às eleições de Dezembro de 2015 para as agora realizadas, traduzem uma tendência de fundo que revela a penalização dos que, com a União Europeia, têm sido responsáveis por uma política que, ao serviço dos grupos económicos e financeiros, tem atacado direitos laborais e sociais, intensificado a exploração, promovido o empobrecimento de amplas camadas da população, agredido liberdades e direitos políticos.
A coligação eleitoral Unidos Podemos e outras coligações eleitorais promovidas pela Esquerda Unida, o Podemos e outras forças políticas em diferentes regiões de Espanha, obteve 21% dos votos, com uma redução da sua votação e a manutenção do número de deputados.
O PCP expressa a sua solidariedade aos comunistas, aos trabalhadores e aos povos de Espanha, confiante de que pela sua luta conquistarão o caminho que dê uma efectiva resposta às suas necessidades, interesses e legítimas aspirações a uma vida melhor, nas condições específicas da realidade política de Espanha.