Numa primeira reacção aos resultados conhecidos das eleições na Grécia, salientamos que elas se realizaram num quadro marcado pela imposição de um terceiro memorando e de uma continuada campanha de pressão sobre o povo grego.
Os resultados confirmam a condenação dos partidos que historicamente são responsáveis pela situação a que a Grécia foi conduzida, num quadro de posicionamento do Governo SYRIZA/ANEL marcado por hesitações, contradições, cedências e claudicações que conduziram ao novo memorando.
O processo de ingerência da União Europeia e do FMI tem no novo memorando acordado pelo Governo SYRIZA/ANEL e apoiado pela Nova Democracia, o PASOK e o POTAMI o instrumento para prosseguir a política que levou a Grécia à catástrofe social e económica, a uma dívida insustentável e impagável, à pilhagem dos seus recursos, à subordinação à troika.
O PCP reitera a sua solidariedade aos comunistas, aos trabalhadores e ao povo da Grécia e à sua luta contra a política de exploração, de empobrecimento e de submissão aos interesses do grande capital, da União Europeia e do FMI, e por melhores condições de vida, pela recuperação de direitos e rendimentos, pela soberania e o desenvolvimento do seu País.
A evolução da situação na União Europeia e o processo em torno da Grécia demonstram a necessidade de rupturas com os processos de submissão aos interesses do grande capital financeiro e do directório de potências ao seu serviço.
O PCP reafirma que uma política comprometida com os valores da justiça e progresso social, do desenvolvimento soberano e da democracia, exige a libertação do País dos constrangimentos e dos instrumentos de dominação da União Europeia, do Euro, do Tratado Orçamental, da Governação económica, das políticas comuns.