As declarações de ódio fascizante proferidas por um responsável de uma associação de refugiados ucranianos contra a existência do PCP, na linha das reiteradas manifestações de ingerência da embaixadora da Ucrânia e de afirmações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia igualmente dirigidas contra o PCP, tal como os esbirros da PIDE atacavam os antifascistas, são reveladoras da natureza antidemocrática do governo de Kiev e constituem uma intolerável afronta ao regime democrático em Portugal.
Declarações que, não devendo de modo nenhum ser confundidas com o todo da comunidade imigrante e dos refugiados ucranianos que há anos encontram refúgio em Portugal e com os quais o PCP assume uma acção solidária, são movidas por um nítido e inaceitável carácter censório e persecutório que visa todos os democratas e que exige um posicionamento inequívoco dos órgãos de soberania do nosso País, para que o seu silêncio, passados já vários dias de terem sido proferidas, não possa ser tomado como cúmplice com tais concepções e propósitos antidemocráticos.
Para os que alimentam dúvidas sobre o total desrespeito pela democracia e a liberdade que há muito se instalou na Ucrânia, estas declarações, feitas em Portugal, alertam para o que este poder constitui na Ucrânia contra o seu próprio povo e tornam patente o seu carácter reaccionário e fascizante.