O Partido Comunista Português condena e repudia veementemente as irresponsáveis e provocatórias declarações de Ariel Sharon, primeiro ministro israelita, em que afirma o seu arrependimento por não ter "liquidado" o Presidente da Autoridade Palestiniana, Yasser Arafat, durante a guerra do Líbano em 1982.
Tais afirmações demonstram, mais uma vez, o verdadeiro carácter de Ariel Sahron, sobejamente conhecido pelas suas responsabilidades na condução de massacres de milhares de palestinianos. São mais um sinal da actual estratégia do governo israelita que, apoiado cada vez mais claramente pela Administração Norte Americana, conduz uma política terrorista contra a população palestiniana e os seus representantes legítimos, incluindo Yasser Arafat. Política esta, que é a fonte do perigoso agravamento da situação que se tem verificado.
Esta política tem sido evidenciada nas recentes acções de carácter militar e político que têm como último objectivo a anexação de territórios actualmente sob administração palestiniana e a exterminação pela força da resistência palestiniana e da Intifada.
Relembrando que, foi o governo israelita que se recusou até agora a cumprir todos os acordos firmados com a AP, que é o governo israelita que se recusa a aceitar todas as resoluções da ONU que garantem os direitos nacionais palestinianos (nomeadamente as resoluções 242 e 338), e que é o governo israelita quem continua todos os dias a desrespeitar o cessar fogo acordado com a Autoridade Palestiniana. (como são exemplos a acções do passado dia 30 nos distritos de Tulkarem, Bethlehem, Qalqilia e Faixa de Gaza), o PCP exige do governo português uma posição clara de condenação das recentes afirmações de Ariel Sharon e de demarcação de uma política que não pode deixar de ser considerada como de terrorismo de estado de Israel contra o estado palestininano e o seu povo.