O PCP manifesta a sua profunda preocupação face à escalada que os assassinatos levados a cabo por Israel do responsável da direcção política do Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerão, no Irão, e de responsáveis do Hezbollah, em Beirute, no Líbano, representam.
Tais acontecimentos são expressão da condenável política de terrorismo de estado de Israel que procura por todos os meios exacerbar a tensão e mergulhar o Médio Oriente numa confrontação generalizada, com ainda mais dramáticas consequências para os povos da região.
Estes crimes inserem-se na premeditada atitude das autoridades israelitas para obstaculizar todos os esforços e iniciativas que promovam a distensão, o diálogo e a paz no Médio Oriente, no respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional, desde logo dos direitos nacionais do povo palestiniano.
Atitude que conta com a cumplicidade, o apoio e o encobrimento por parte dos EUA para com a sua criminosa política, como foi deploravelmente evidenciado na recente visita de Netanyahu a Washington onde, perante os aplausos do Congresso, fez a apologia do sionismo, iludiu o genocídio do povo palestiniano e clamou pela guerra contra o Irão e por mais armamento norte-americano, tendo visto reafirmado o apoio de Biden, Harris e Trump.
O Governo português deve sair do seu comprometedor silêncio e condenar a escalada, os crimes e as flagrantes violações do direito internacional por parte de Israel e exigir o fim da ilegal ocupação e colonização de territórios palestinianos.
O PCP reafirma que se impõe um cessar-fogo imediato e permanente na Faixa de Gaza e a urgente ajuda humanitária à população palestiniana, o fim da violenta repressão na Cisjordânia, a concretização do direito do povo palestiniano a um Estado soberano e independente, com as fronteiras de 1967 e capital em Jerusalém Oriental, e a efectivação do direito ao retorno dos refugiados, conforme determinam as resoluções da ONU.
Saudando o acordo recentemente alcançado pelas diferentes forças palestinianas, em Pequim, o PCP apela à solidariedade para com a justa causa nacional do povo palestiniano e à luta pela paz no Médio Oriente, desde logo pelo fim do genocídio do povo palestiniano na Faixa de Gaza e da escalada levada a cabo por Israel que ameaça alastrar a guerra a toda a região.