1. Perante a trágica dimensão da situação criada pelas intempéries que nos últimos dias assolaram Moçambique, o PCP considera imperioso atender os apelos do governo moçambicano para o fornecimento urgente de meios - helicópteros, barcos, alojamentos provisórios, alimentos, etc. - que possibilitem o pronto socorro das populações sinistradas. Qualquer atraso na resposta a estes apelos tornará a tragédia ainda maior.
2. O PCP considera que perante tão dramática situação, Portugal não pode faltar com a sua activa, pronta e desinteressada solidariedade, competindo ao governo português, que tem revelado nesta emergência grande lentidão, disponibilizar todos os meios e recursos ao seu alcance. Considera ainda que a diplomacia portuguesa se deve empenhar junto da União Europeia - de que detém a Presidência - e outras organizações internacionais, para que seja urgentemente canalizada para Moçambique a ajuda de emergência indispensável e adoptadas iniciativas no plano económico e financeiro ( em relação à Dívida Externa, nomeadamente ) que contribuam para a necessária reconstrução das regiões afectadas e a recuperação da economia moçambicana tão duramente atingida.
3. O PCP fará o que estiver ao seu alcance para estimular a solidariedade com o povo irmão moçambicano, nomeadamente através dos seus eleitos nas autarquias locais, Grupo Parlamentar na Assembleia da República e deputados no Parlamento Europeu.
4. O PCP chama a atenção para a chocante lentidão e exiguidade dos meios (nomeadamente helicópteros ) até agora disponibilizados no plano internacional para a ajuda a Moçambique. É urgente a criação de estruturas e mecanismos de cooperação internacional que possibilitem o pronto socorro de populações sinistradas. É necessário que os extraordinários recursos técnicos de que dispõem as grandes potências sejam mobilizados para fins efectivamente humanitários e não para prosseguir objectivos armamentistas e intervencionistas.